A expectativa foi muita, Fringe seria a série sensação da nova temporada. A ficção cientifica que tinha de fazer mais, melhor e em maior número. Vamos perceber o que é que aconteceu, o que está para acontecer e o que poderá acontecer na saga da FOX que está com uma temporada já assegurada. A segunda parte, a seguir ao intervalo.
CONTÉM SPOILERS
Um misterioso cilindro emerge debaixo da Terra na cidade de Nova Iorque, fazendo com que Broyles chame o trio-maravilha composto por Olivia, Peter e Walter, para investigar do que se trata o estranho objecto. No entanto, outras entidades (veio-me à cabeça Massive Dynamics, porque terá sido?…) tentam interceptar o cilindro, incluindo um homem careca conhecido como o “Observador” que está disposto a matar para conseguir o estranho objecto. Dr. Bishop esconde a garrafa contra a vontade do resto da equipa, devido a uma dívida para com o “Observador” (Michael Cerveris), é que este sujeito, há décadas atrás, salvou a vida do seu filho, Peter, e a sua inclusive. O objecto entra novamente no subsolo, mesmo antes de que alguém consiga descobrir a finalidade do cilindro.
No final do episódio temos um excelente cliffhanger. Olivia, que está em pé na sua cozinha, vê John Scott, o suposto morto, em pé, mesmo atrás de si. Foi um dos melhores episódios da série, que mostra que é muito mais que um simples procedural de ficção científica.
É altura de visionar “Power Hungry”. É descoberto um homem capacitado com o poder de controlar a energia eléctrica, alterado geneticamente por um cientista que realiza testes em seres humano. Com a ajuda de pombos modificados, por Walter, a equipa consegue perseguir o cientista através da sua assinatura electromagnética, acabando por prender o suspeito. Enquanto isso, Olívia começa a ver visões de John (afinal não passavam de visões…), visões essas explicadas por Walter, é que, na experiência bem sucedida feita no primeiro episódio, algumas das memórias de Scott foram transferidas para a mente de Dunham. Através destas memórias, ela descobre um segredo de John: o agente escondia um grande número de processos relativos ao Padrão. Apesar da inegável qualidade, não consegue manter o nível de “The Arrival”.
Em “The Cure”, uma mulher com uma doença rara, Bellini lymphocemia, é raptada. Nesse rapto foi-lhe administrada uma droga que faz com que o seu cérebro emita microondas que provocam um enorme estouro, que acaba por matá-la e aos que a rodeiam num bar. Devo referir que neste episódio Olivia faz anos, no entanto tem um comportamento estranho, irritadiço até.
As investigações da já ordinária equipa chegam à conclusão de que uma outra mulher, com a mesma doença rara, foi raptada. Após conversar com o médico que tratava ambas as mulheres, Olivia descobre que o CEO de uma empresa concorrente da Massive Dynamics a quem deram a droga. Peter Bishop acerta com Nina Sharp um acordo no qual ela lhe diz onde encontrar a segunda vítima antes que ela possa ser transformada numa bomba radioactiva.
No meio deste caso é clara a proximidade entre o mesmo e Olivia Dunham. Apesar de um caso típico, as personagens são aprofundadas e exploradas. É apenas e somente isso que é “curado”, neste episódio, em Fringe.
É portanto altura de balanço, com meia dúzia de episódios decorridos Fringe apresenta-se como um dos pesos-pesados da nova temporada televisiva. Uma série que, bem explorada, pode tornar-se numa série de culto. A realização soberba, a imagem imaculada, os efeitos sonoros perfeitos, o toque de imagem característico da série, o argumento inteligente e as interpretações bem medidas, conseguem ser os trunfos de Fringe. Bom balanço, mas espera-se cada vez mais da nova série de J. J. Abrams.
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