Review – Lost – There’s No Place Like Home, pt. 2 & 3 (13-14/14)

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Imagem oficial FOX

Episódio: There’s no Place Like Home, partes 2 & 3
• Temporada: 4
• Canal: FOX
• Primeira transmissão Portugal: 1 Julho 2008
• Primeira transmissão EUA: 29 Maio 2008

Como este foi um episódio duplo e, geralmente, os textos relativos a esta série costumam ser um pouco longos de mais, decidi fazer algo diferente do normal e tentei ser o mais abreviado possível. Aqui vai (sem qualquer ordem em especial):

CONTEM SPOILERS (obviamente)

A mentira: Há pessoas que se deram ao trabalho de colocar um falso avião no fundo do oceano. Que enviaram à ilha mercenários com ordens para matar. Faz todo o sentido que os «Oceanic Six» decidam mentir para preservar a ilha em segredo e, acima de tudo, as suas próprias vidas. Só e apenas isso é suficiente. Mas esta conclusão era fácil de se alcançar com poucos episódios decorridos na temporada. Porquê tanto suspense em torno da questão? Terá o mistério sido adensado pelos próprios argumentistas inadvertidamente ou propositadamente? Ou terá sido a ânsia dos próprios fãs em conceber tão grandioso mistério em torno de algo tão simples?

Deslocar a ilha: Já tinha afirmado que não me tinham convencido com a conversa de deslocar a ilha. Mas, mudei de opinião neste episódio. A cena em que o Ben (Michael Emerson) desloca a ilha é um bocado estranha, mas acabou por resultar bem. E, apesar de não estar à espera de uma resposta científica, quero saber como funciona o mecanismo!

Charlotte, Daniel e Miles: Estes três personagens regressaram da paragem forçada pela greve algo apagados, sobretudo, a antropóloga e o misterioso psíquico. Talvez tivesse sido em relação a eles que algumas linhas de argumento tiveram de ser abandonadas e deixadas para a próxima temporada. Pelo menos, sabemos que vão regressar. E com um mistério interessante. Parece que a Charlotte (Rebecca Mader) tem a ideia de que nasceu na ilha! E será que o Daniel (Jeremy Davies), que estava no mar quando a ilha desapareceu, foi também transportado para o mesmo sítio desta?

Sawyer: Assim que o Lapidus (participação de Jeff Fahey) disse que o helicóptero tinha peso a mais e o facto de a bordo irem, além do piloto, cinco dos «Oceanic Six» e o Sawyer (Josh Holloway), não foi difícil de perceber que desfecho a cena iria ter.

Michael e Jin: Algo me diz que Jin (Daniel Dae Kim) ainda está vivo. Quanto ao Michael, Harold Perrineau confirmou numa entrevista que ele morreu, e pela conversa dele, não me pareceu lá muito contente.

Claire: Mais um pouco e nem sequer aparecia no episódio! Gostava de ter ficado a saber um pouco mais (alguma coisa!) sobre o que lhe aconteceu, mas deve ser um daqueles mistérios que eles gostam de fazer durar. Contudo, ela anda com atitudes de personagens que já morreram, não!? Aparecer em sonhos e tal… [Confirma-se que a Emilie de Ravin vai deixar de ser regular na quinta temporada e que o seu contrato fica suspenso até à sexta].

Desmond: Por instantes pensei que ainda tinha passado qualquer coisa pela cabeça dos produtores da série e que tinham decidido matar o personagem. Mas não podiam. Tinham de terminar a história (pelo menos a parte romântica) do Desmond (Henry Ian Cusick) e da Penny (participação de Sonya Walger). E foi o que fizeram. Com sentimento. E até aqueles brasileiros manhosos do final da segunda temporada voltaram a dar um ar da sua graça. Agora adivinha-se um confronto Desmond/ Ben. Veremos o que aí vem. Se a ilha só os aceita de volta se regressarem todos, então alguém vai ter de convencer o Desmond, o que deve ser bastante difícil.

Sun: Foi impressão minha ou ela está a mudar-se para o lado negro da Força!? Talvez não e esteja apenas a planear vingança contra o Widmore (participação de Alan Dale; Betty Feia; The O.C.). Ele bem disse que responsabilizava duas pessoas pela morte(?) do Jin: o pai e alguém desconhecido. Resta saber se esse alguém será o Widmore ou o Jack (Matthew Fox). Agora, que ela está diferente, isso está. E eu estou a gostar da volta que a personagem levou.

Waaaaaalt!: Passaram 3 anos desde que os «Oceanic Six» saíram da ilha e o Walt (participação de Malcolm David Kelley) decide ir visitar o Hurley (Jorge Garcia), já que ninguém se lembrou de o visitar e ele não percebe porque estão todos a mentir. Será que iremos ter o Walt à procura do pai na próxima temporada? Por acaso, era bem interessante. Pelo menos, tinham uma oportunidade de desenvolver a história dos seus poderes psíquicos, que tem estado em banho-maria há bastante tempo.

Ben: O Ben é um sacana, o que não é, de forma alguma, uma novidade. Decidiu sacrificar as pessoas a bordo do cargueiro para concretizar a sua vingança no Keamy (participação de Kevin Durand). Porém, de seguida redimiu-se sacrificando a sua estadia na ilha para salvaguardar a mesma.

Juliet: Grande azar. Uma das minhas personagens favoritas, não só perdeu bastante protagonismo e tempo de ecrã nesta temporada (e ainda teve direito ao pior episódio da mesma), como foi deixada para trás porque queria esperar pelo Jack. Ainda por cima, ela deve ter sido a última coisa que passou pela cabeça dele quando este estava no helicóptero a gritar para o Lapidus não voltar de forma alguma para a ilha.

Jeremy Bentham: Mas quem é que ia cair na armadilha e pensar que o Jeremy BENtham era o Ben!? OK, eu admito que caí… A desculpa é da hora avançada aquando vi o episódio.

O caixão: Foi a grande revelação guardada para o último minuto do episódio e a cena escolhida para cliffhanger. Apesar de me ter passado pela cabeça que o seu ocupante poderia ser o Locke (Terry O’Quinn), a verdade é que não era uma das minhas escolhas principais. Claro que daqui resultam inúmeras questões, cujas respostas ainda teremos de aguardar por muito, muito tempo. Para mim, a mais pertinente, além da óbvia, será o que aconteceu de tão terrível na ilha durante aqueles três anos?

Algumas questões para a próxima temporada: Além das evidentes, relacionadas com a história em si (Para onde foi deslocada a ilha? O Jin e o Michael morreram? Etc.), aquilo em que tenho maior curiosidade em saber é que estrutura terão os episódios. Será que vamos continuar a seguir os «Oceanic Six» e teremos flashforwards do seu regresso à ilha? Será que temos acção simultânea na ilha e fora dela? E se na segunda temporada foram introduzidos os Talies, na terceira conhecemos melhor os Outros e na quarta tivemos o pessoal do cargueiro, quem serão os novos personagens que irão ser introduzidos na quinta?

Bem, acho que não me esqueci de nada… Quer dizer, houve várias cenas que poderia ainda discutir, mas ficam para os comentários se alguém tiver interesse em fazê-lo. E agora, lá vamos ter de esperar até 2009. Porra! Se de pensar nisso…

escrito por: Damon Lindelof & Carlton Cuse

realizado por: Jack Bender

ainda com: Naveen Andrews, Evangeline Lilly, Yunjin Kim, Elizabeth Mitchell, Ken Leung

participação de: Malcolm David Kelley, L. Scott Caldwell, Sonya Walger, Nestor Carbonell, Jeff Fahey, Kevin Durand, François Chau, Starletta DuPois, Anthony Azizi, Alex Petrovitch com Alan Dale e John Terry

Texto de Pedro Andrade e Carlos Couceiro

Editado por Carlos Couceiro

Imagens: FOX Portugal e ABC

(originalmente publicado no blog TVDependente)

11 Responses to Review – Lost – There’s No Place Like Home, pt. 2 & 3 (13-14/14)

  1. Realmente… ter de esperar por 2009 é uma dose muito forte depois de um final tão empolgante e cheios de diversas situações questões como foi.

    Para mim, “Lost” vale por ser um constante mistério que nos desafia com respostas que suscitam ainda mais dúvidas e questões. A cada temporada que passou vimos coisas inacreditáveis e depois tivemos os porquês dessas coisas, que apartir do momento que satisfazemos um pouco a dúvida nasce logo outra ainda maior.

    Assim, adorei a forma como a ilha foi “deslocada”. O ponto alto e mais enigmático do episódio, pois ao ver Ben a mexer nos mecanismos… pensei que a ilha ia se transformar num mega-iate… mas não aconteceu (a solução é mesmo espectacular).

    O Desmond terá de ir para a ilha para matar Ben porque o Ben prometeu matar a filha do rival magnata, que é o pai da amada de Desmond. Se ele a matar está a aí a razão.

    Eu acho que a ilha e o projecto Dharma ainda esconde habilidades que desenvolveram. Uma deles vimos confirmada no final do episódio: a estação das as experiências no espaço-tempo com a novidade de terem lá uma câmara de tele-transporte (que foi destruida sem a vermos a funcionar).
    Acho que o projecto Dharma deve ter desenvolvido a técnica de teleportar pessoas e outras coisas para locais na ilha mas de forma espectral (uma representação real da pessoa de qualquer altura no tempo). Só assim se explica o que a camara poderia fazer e também todos os mistérios que aconteceram a algumas personagens.
    Exemplos: uma vez a Kate encontrou um cavalo na ilha que logo depois desapareceu… o caso do Hugo Hurley e a conhecida do manicómio quando lhe apareceu na ilha… os aparecimentos súbitos do miúdo Walt… nesta 4ª temporada o aparecimento em plena selva à Juliet de uma mulher conhecida dela que lhe deu informações e que logo a seguir desapareceu… etc, etc.
    Faz algum sentido para mim esta ideia, fantástica é certo mas que no Lost… tudo é fantástico também.
    Gostei desta 4ª temporada apartir do meio para o fim e dos simultaneos de flash das personagens do passado e do futuro. É demais sabermos o resultado do que vai acontecer e não saber como se passou…
    Ahh… adorei as teorias tempo-espaço. Isso tem de regressar….

    PS: finalmente lá saiu este artigo pois já tinha aparecido no meu RSS desde que publicou a primeira parte. Dava que este artigo era inexistente… até que enfim hoje apareceu publicado!

  2. gonca26 diz:

    Desmond vai ser personagem regular na próxima temporada?

  3. Jikul diz:

    Lost é cada vez mais uma salganhada sem sentido. Tantos mistérios, tantas questões e respostas poucas. Fazem isto na expectativa de “agarrar” o espectador por temporadas sucessivas mas a mim, sinceramente, já começa a fartar. Parece uma espiral infinita, rola rola rola pra lado nenhum. Bah!

  4. Alexandre diz:

    eu acho que é isso que distingue as grandes séries, das séries medianas, Jikul…

  5. Jikul diz:

    Exactamente Alexandre. Lost é assim como eu descrevi, o que a vai tornando numa série mediana… e isto nem seria mau não fosse as duas primeiras temporadas, formidáveis. Mas a coisa vai continuando, esticando, infindavelmente… sempre a mesma coisa, mistério aqui, mistério acolá, cada vez mais surreal.

    Uma grande série? Dexter. Cada temporada é um capítulo que acaba no último episódio. E assim é que deve ser, porque não “obriga” o espectador a esperar meses por uma continuação, o que é uma estratégia muito foleira na minha opinião.

    Atenção, não digo que Lost é uma má série, até porque não falhei um único episódio e acompanho a série avidamente. Mas começo a ficar cansado, e só de pensar que ainda faltam umas 4 ou 5 temporadas… enfim, há que saber acabar. Vejam no que se tornaram grandes séries ao fim de um tempo exagerado de exibição (ER, West Wing, X-Files, etc). Aliás, as audiências já começam a falar por si… o que me faz pensar que não serei o único desiludido.

  6. Pois eu acho que a série de mediana ou banal não tem nada. Compreendo que nem toda a gente esteja disposta a esperar para saber isto ou aquilo, mas esse factor apenas torna a série ainda mais viciante.

    Quanto às repostas, essa vossa lengalenga é a mesma de sempre… Se forem ver para trás, contem quantas perguntas foram colocadas e quantas já foram respondidas. Claro que os mistérios principais (apesar de até já se saber bastante do que é a ilha) nunca serão revelados antes do fim. Nem faria qualquer sentido o contrário. E claro que, como série que vive dos seus mistérios, existe uma necessidade de colocar sempre novas interrogações ou a série perderia grande parte do seu interesse.

    Enquanto muita gente coloca a espera de X meses como uma coisa negativa, eu coloco-a de forma positiva. É que, por exemplo, Dexter já acabou a sua segunda temporada há 6 ou 7 meses. Adoro a série, mas deixou-me pouco para pensar enquanto não começa a nova temporada. O interesse na mesma é faseado. Interessa enquanto dá, perde o interesse no intervalo de temporadas, e reacende o mesmo quando começa a nova temporada. Já o apelo de Lost está presente durante 360 dias no ano.

    Já agora, há muito que é sabido que Lost só já tem 34 episódios de sobra, 17 por cada uma das duas temporadas que restam à série.

  7. Jikul, West Wing apenas teve 7 temporadas. Não queiras comparar com ER, que já vai para a 15ª.

    Eu não gosto de Lost (provavelmente porque nunca tive a oportunidade de ver a série do início), mas compreendo que existam todas as perguntas que existem. É óbvio que é para agarrar as pessoas à série, e quando respondem às questões, não respondem com coisas como “Ah, ele não viu bem de quem era a cabeça que estava na caixa…”

    Agora, se estiveram atentos, os fãs de 24 (como eu) já estão à espera de uma nova temporada há um ano! E em Novembro, felizmente, vamos ter um telefilme da série. Ou seja, cerca de um ano e meio à espera de novas aventuras de Jack Bauer!

    Se nós aguentamos, todos aguentam!

  8. Riky_On_The_Road diz:

    Não tem nada a ver com engonhar, ou fazer render o peixe, significa que a serie foi concebida para ter 6 temporadas. Não é o caso de haver misterios e mais misterios, se o autor da historia concebeu-a assim, para que, encortar o enredo, desvendando os misterios e consequentemente terminar a historia mais cedo, so porque algum do publico mais ansioso não aguenta a espera, esta farto de novas surpresas.
    Lost não é uma serie de consumo rapido, que se come, mastiga e deita fora, é uma serie de continuidade com 6 temporadas e com uma determinada historia que não pode ser encortada.
    Se querem series de historias rapidas, vejam outras, como por exemplo Bones ou 24 ou CSIs, agora se não gostam de series de continuidade não vejam e não façam comentarios infelizes a dizerem que Lost é ridiculo, só pq surgem novos misterios continuamente e que a serie nunca mais chega ao fim. A serie é de uma caracteristica diferente, particular e foi feita para ser assim.

  9. […] verdade) por uma simples razão: essas já tinham vindo a ser reveladas ao longo da temporada. O final foi, sobretudo, o preencher dos muitos espaços vazios que existiam. E poderia ser de forma […]

  10. luciana diz:

    amei lost, mas gostaria de saber se ainda terá continuação, pois eu achei que ficou muitas coisas para ser resolvido. porfavor mande a resposta.

  11. ekatia diz:

    Sé alguem não gosta de Lost, que não veja.Por isso é que tem tantas series, tem para todos os gostos. Eu adoro ver Lost e estoi disposta esperar, aguantar os misterios e tudo.Quem não gosta, que veja 24 ou Prision Breacke ou Heroes ou qualquer outra serie que lhe guste.

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