Review – Heroes II – Powerless (11/11)

hotvnews

• Episódio: Powerless
• Temporada: 2
• Canal: FOX
• Primeira transmissão Portugal: 29 de Abril 2008
• Primeira transmissão EUA: 3 de Dezembro 2007

O segundo volume de “Heroes”, intitulado «Generations», chegou ao fim e a segunda temporada também pode ter chegado, tudo dependendo do resultado das negociações entre os guionistas norte-americanos e as grandes produtoras. E a verdade é que não vai deixar grandes saudades. Agora, há que olhar em frente e ambicionar que «Villans», o terceiro volume da série, seja uma verdadeira pedrada num charco que começava a tornar-se, cada vez mais, num autêntico pântano de más ideias e fraca capacidade de criação de histórias.

Gostei de “Powerless”. Personagens morrem (pelo menos aparentemente). Só é pena que não tenham sido outros (a.k.a Hiro) a morrer.

Como seria de esperar, a luta entre Hiro (Masi Oka) e Peter (Milo Ventimiglia) (se é que se lhe pode chamar isso) foi facilmente vencida pelo segundo. Peter é simplesmente o mais forte de todos os «heróis» devido à sua capacidade de absorção de poderes e Hiro nunca teria qualquer hipótese de vencer tal confronto. O que continuo sem perceber nesta série é a razão de terem dinheiro para gastar em efeitos especiais (Nova Iorque a explodir, pessoas a voar, etc.) e não terem para fazer uma boa cena de luta.

Passando à frente, Peter cai finalmente em si no que diz respeito a Adam (David Anders), depois de ser convencido por Nathan (Adrian Pasdar) que aquele não era a melhor das companhias, e consegue evitar que o vírus se dissemine. Hiro dá uma ajuda e, ao mesmo tempo, leva a cabo a sua vingança, deixando Adam enterrado vivo no mesmo cemitério onde Kaito Nakamura (George Takei) foi sepultado. Mórbido. One down, two to go.

Fartos de terem de emendar os erros dos seus pais, Nathan, Peter e Matt (Greg Grunberg) decidem que a melhor forma de resolver os seus problemas será revelando ao mundo que eles têm capacidades especiais. Para isso, decidem organizar uma conferência de imprensa para expor todos os segredos que a “Companhia” quer manter desconhecidos do mundo. Logo que esta ideia foi mencionada pela primeira vez, ficou o sentimento de que algo iria impedir que tal acontecesse. E assim foi.

Quando Nathan se preparava para revelar ao mundo que tinha características diferentes das outras pessoas, alguém na plateia o alveja várias vezes. E o mais surpreendente, é que, de seguida, é-nos mostrado que a sua própria mãe está envolvida nessa tentativa de assassinato. Mas, sinceramente, acho que Nathan não vai morrer. Apesar de ter sido menos preponderante durante este volume, é um personagem importante na medida em que serve de equilíbrio a Peter quando este se encontra algo “perdido”. Vimos isso no final do primeiro volume e voltámos a testemunhar a sua influência junto do irmão neste episódio, quando lhe fez abrir os olhos em relação a Adam. Seja como for… Two down, one to go.

Sylar (Zachary Quinto) continua a sua busca por uma forma de recuperar os seus poderes e a resposta está na cura que Suresh (Sendhil Ramamurthy) desenvolveu para o vírus Shanti. Fazendo-o refém, juntamente com Molly (participação de Adair Tishler) e Maya (Dania Ramirez), que fica a conhecer o verdadeiro Sylar, deslocam-se ao antigo apartamento de Isaac Mendez (Santiago Cabrera), agora transformado no laboratório de Suresh. Ali, Maya, ajudada pela pequena Molly, descobre que o irmão está morto, enfrenta Sylar e este dá-lhe um tiro no peito. Parecia que esta seria a terceira fatalidade do episódio, mas tal não aconteceu. Certamente, muitos fãs ficaram extasiados com a possibilidade. Pessoalmente, estou contente que ela tenha sobrevivido. Gosto da personagem e, em especial, do seu poder. Apesar de achar que ela seria melhor aproveitada como vilã.

Enquanto isso, Claire (Hayden Panettiere) continua a planear divulgar ao mundo a existência da “Companhia” e dos seus planos maquiavélicos (déjà vu!!!). Subitamente, HGR (Jack Coleman) reaparece, numa cena com pouco dramatismo para o momento que é, e explica a Claire que se ela deixar a “Companhia” em paz, eles a deixarão viver a sua vida como uma pessoa normal (sim, pois…). A única contrapartida é que ele tem de voltar a trabalhar para eles.

Por fim, temos a história de Niki (Ali Larter), Micah (Noah Gray-Cabey) e Monica (Dana Davis). Depois de Monica ser raptada, Micah convence Niki de que têm de ir salvá-la. Mesmo sem poderes, Niki consegue resgatar a sobrinha mas às custas da própria vida. Este desfecho não é de estranhar. Desde o início do segundo volume que Niki se dirigia para ele. As evidências estavam à vista de todos. A história da personagem só foi retomada ao terceiro episódio, foram introduzidas novas personagens com ligações afectivas a Micah (avó e primos) e, finalmente, a mais evidente, quando ela foi infectada pelo vírus Shanti. Mas em vez de lhe darem um final triste, sujeita à enfermidade, os produtores da série decidiram dar-lhe um final heróico. Pareceu-me bem. All down.

Agora resta esperar pelo terceiro volume, dedicado aos vilões. Apesar de achar o Sylar um bom vilão, espero que arranjem algo ainda mais assustador. O vilão de Molly era assustador até se saber quem era realmente, altura em que se tornou quase uma desilusão. O mesmo se pode dizer de Adam.

No fundo o que faz falta é sangue! Quero sangue! Uma história de super-heróis quase sem sangue?!

Vá lá, mostrem-nos alguma coisa de jeito.

escrito por: Jeph Loeb

realizado por: Allan Arkush

Ainda com: Kristen Bell, James Kyson Lee

Participação de: Ashley Crow, Nicholas D’Agosto, Adair Tishler, Randall Bentley, com Stephen Tobolowsky e Cristine Rose como Angela Petrellihotvn

Texto de Pedro Andrade

Editado por Carlos Couceiro

(originalmente publicado no blog TVDependente)

3 Responses to Review – Heroes II – Powerless (11/11)

  1. Hugo Pais diz:

    A ideia com que fico, principalmente pela pseudo-luta Hiro-Peter, é que falta a esta série um bom coreógrafo para cenas de acção… Mas também, era preciso ser um muito original, para poder conjugar os poderes e (in)capacidades de cada um. Nah, acho que acção não é defenitivamente o ponto forte de Heroes. É pena.

  2. Hugo Abreu diz:

    Eu gostei muito do inicio da 1ªT mas aquilo foi perdendo interesse e deixei de acompanhar, só vi um par de episódios da 2ªT. Mas já agora, por curiosidade quem era o vilão da Molly?

  3. Riky_On_The_Road diz:

    Estou a ver que esta temporada foi um fracaso total, tanta desilusão nos comentarios do fãs que se vêem por ai.

Deixe um comentário