Cativeiro, por Carlos Antunes

Título original: Captivity

De: Roland Joffé

Escrito por: Larry Cohen e Joseph Tura

Com: Elisha Cuthbert, Daniel Gillies e Pruitt Taylor Vince

Eu pensava já ter visto o pior filme deste ano mas estava claramente enganado.

Infelizmente para mim, as minhas retinas e a minha cabeça.

Quando me dirigi à antestreia deste filme tinha expectativas muito baixas para este filme. Muito, muito baixas.

Mas quando um filme consegue superar (negativamente, entenda-se) essas expectativas e simultaneamente dar-me uma dor de cabeça e deixar-me mais e mais dormente na cadeira de cinema, tenho a certeza que tive à minha frente um dos piores filmes de toda a minha vida.

Quando a sequência de introdução, uma cena de tortura sem ligação ao resto do filme e repleta de truques de luz e som roubados a maus videoclips, acabou já eu tinha uma valente dor de cabeça e alguém atrás de mim disse “Isto é pior que Saw!”.

Mal sabia o indivíduo que tinha toda a razão pois enquanto Saw se valia de uma boa ideia de base e depois tudo o resto era bastante medíocre, Captivity limita-se a tentar capitalizar esse sucesso sem qualquer ideia e com o acrescento de uma mirabolante e simplista história que é tão previsível que me faltam termos de comparação.

Quando a história começa, Jeniffer Tree (Elisha Cuthbert) é uma super-modelo que vem sendo seguida e acaba por ser raptada para acordar numa cave fechada onde o seu captor a sujeita às suas vontades.

Quando ela desobedece ou tenta uma qualquer fuga infrutífera, vai sendo castigada – beber um batido de partes do corpo, ter de matar o cão para não ser ela morta ou ser soterrada viva, como numa ampulheta estão entre as torturas usadas – num período em que o filme parece decidido em chocar os espectadores (e havia alguns a queixarem-se na sala) mas consegue apenas desinteressar-nos absolutamente da personagem central e do seu captor.

Depois ela lá descobre um conveniente Gary preso do outro lado de uma parede de vidro da qual conseguem arrancar toda a tinta para se verem, comunicarem e não se sentirem isolados. Ele será o herói dela, evitando que ela seja enterrada viva e eles vão-se apaixonando. Acabarão, aliás, por se conseguir reunir na mesma cela (com uma ajuda do seu captor) onde terão uma última (possivelmente) noite de sexo.

Mas o tipo que lá está preso revela-se rapidamene ao espectador não ser tão inocente quanto isso ( e tenho de acabar por aqui porque o resto seriam spoilers e quem tentar ver o filme, pelo menos que vá com a mente em claro).

Agora o problema da total falta de estrutura da primeira metade do filme não é nada quando comparada com a catapuda idiota de fait-divers pretensamente resolutórios para a trama (mas qual trama?) do filme mas que descambam num combinado perfeitamente risível.

Se somarmos a isto a entediante e perfeitamente normalizada realização e as interpretações mortiças (é caso para perguntar o que aconteceu à promissora actriz de 24 que teve um único papel relativamente interessante no cinema em The Girl Next Door) temos aqui o forte candidato ao pior filme deste ano que eu anunciei logo no primeiro parágrafo!

Já agora, sobre Roland Joffé, um nome que certamente já ouviram mas não se lembram de onde. Pois bem, ele é o relizador de The Mission mas desde aí que a sua carreira parece vagar em ponto morto.

Ainda mais uma coisa, o poster nacional do filme quer vendê-lo como um thriller tenso cheio de sexo(ualidade???) mas é perfeitamente falso essa ideia.

Aqueles que lerem isto considerem-se avisados sobre o lixo que se estreia nas nossas salas.

Classificação:

15 Responses to Cativeiro, por Carlos Antunes

  1. Hugo diz:

    nem mais…….. enfim….

  2. Hugo diz:

    esqueci-me de mencionar.. que ela participa tambem agr num novo filme… n sei data de estreia… que se chama “he was a quiet man” que parece ser bom … pelo menos para ela… se kiserem informaçoes “http://www.imdb.com/title/tt0760311/”

  3. Falhou-me um link ali em cima!
    Quando disse que julgava já ter visto o pior filme deste ano era suposto voc~es irem parar a T4xi!

  4. Pedro Rebelo diz:

    Como fã da Elisha Cuthbert, tenho pena que ela tenha entrado neste filme(bem como o “a cela”)… Ela merece bem melhor e voltar aos bons tempos de 24.

  5. A Cela é um filme com a Jennifer Lopez

  6. Pedro Rebelo diz:

    Enganei-me. Queria dizer “A casa de cera” e não “A cela”… Pensei bem e escrevi mal… lol

  7. Pois, por mim acho que ela esteve razoavelmente no The Girl Next Door (embora o filme tenha ficado longe da força que poderia ter e se quiserem ver essa força há uma BD nacional que posso recomendar) e depois, fora da televisão, apenas mostrou que é um corpo e uma cara bonita.

  8. ZeOn diz:

    se eu vir este filme vai ser por causa da Elisha…Desde os tempos de 24 que fiquei apaixonado por ela…e entao no The Girl Next Door…adorei(-a)…

  9. Herói diz:

    concordo com tudo menos com a parte da critica ao saw…;)

  10. Diogo Velasco diz:

    Agora parece que encontro todos os dias apaixonados pela Elisha ^^

    Ela realmente tem um gosto estranho para escolher filmes, mas pronto, eu ainda não o vi…eu até gostei de The House Of Hax.

  11. kikas diz:

    e assim..
    eu ainda n vi o filme mas deve ser bastante bom.. sem duvida nenhuma! mesmo bastante bom!

  12. kikas diz:

    e assim..
    eu vi o filme saw e simplesmente venerei! adorei!
    eu…
    hmm..
    axo k o filme cativeiro deve ser bastante bom
    bastante bom!!!

  13. kikas diz:

    sim o filme eh bastante bom..

  14. kikas, tens algum problema?

  15. […] tem 18 anos que nunca se apaixonou até conhecer a sua nova vizinha, a bela e inocente Danielle (Elisha Cuthbert). Mas Matthew descobre que a rapariga “inocente” e perfeita que conheceu é, na realidade, uma […]

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