Anatomia de Grey II – Review – Blues for Sister Someone (23/27)

Episódio: Blues for Sister Someone
Temporada: 2
Canal:
RTP 2
Primeira Transmissão em Portugal (RTP 2): 1 de Abril de 2008
Primeira Transmissão nos E.U.A: 30 de Abril de 2006

Um homem sábio uma vez disse: “Tu podes conseguir o que quiseres da vida se estiveres disposto a sacrificar todo o resto por isto“. O que ele quis dizer é que nada vem sem um preço. Assim, antes de enfrentar uma batalha é melhor decidir o quanto está disposto a perder. Ir atrás do que nos faz bem normalmente faz com que esqueçamos o que é correcto. E significa deixar alguém importante abandonar as muralhas que você construiu. Claramente os maiores sacrifícios são aqueles que você não vê a chegar. É quando não temos tempo de formar uma estratégia para tomar um partido…ou de medir o potencial da perda. Quando isto acontece, quando a batalha nos escolhe a nós, e não o contrário, é quando o sacrifício pode se tornar maior do que o que podemos suportar.”

Esse é o último voiceover de Meredith (Ellen Pompeo) do episódio de ontem. Nunca um voiceover de Anatomia de Grey chamou-me tanto a atenção como este. E pensamos em sacrifícios, se o episódio foi sobre sacrifícios e quais os sacrifícios que foram feitos. Então vamos lá ver!

“..O que ele quis dizer é que nada vem sem um preço…”

Meredith decidiu deixar de tricotar. Se vocês ainda se lembram, ela tinha se tornado celibatária e tinha decidido tricotar ao invés de dormir com mais homens. Mas ela não estava a espera de conhecer o charmoso veterinário do seu ex-cão, Finn Dandridge (participação de Chris O’Donnell; Batman & Robin), o McVet. Ele encanta-se com Meredith, sentimento mútuo que a faz largar o tricot de vez (se é que alguma vez ela o começou). Meredith sacrifica o celibato dela para ficar com Finn, mas o sacrifício maior que ela faz, mesmo sem perceber, é em relação a Derek, quando ele descobre que ela está a dormir com Finn.

Derek (Patrick Dempsey), por sua vez, passa o episódio a fugir do estigma de que não consegue ter bom sexo com Addison (Kate Walsh). Não é fácil, primeiro porque os internos que trabalham com ele são Izzie (Katherine Heigl) e George ( T.R. Knight), e segundo, porque a paciente dele é uma advogada de divórcios que consegue detectar quando algo não está a correr bem entre os casais. A paciente chama-se Gwen Graber (participação de Jayne Brook; Chicago Hope – Médicos sem Fronteiras e Boston Legal) e está em observaçãos devido às convulsões que ela tem tido durante o trabalho, mas que aparentemente não tem acontecido enquanto ela está internada no hospital.

O trabalho de Izzie e George é fazê-la ter uma convulsão e por isso usam de vários artifícios, desde uma overdose de cafeína até jogos de vídeo. Finalmente conseguem-no quando começam a discutir, sem querer, em frente a Gwen. Gwen descobre então que é o trabalho que provoca as suas convulsões, e decide não ser operada por Derek. Antes pelo contrário, decide é deixar o seu emprego e trabalhar em algo que lhe cause menos stress. Ela decide sacrificar o trabalho em prol da sua saúde.

“…Quando isto acontece, quando a batalha escolhe a nós, e não o contrário, é quando o sacrifício pode se tornar maior do que o que podemos suportar…”

Essa escolha não foi, entretanto, a que foi feita pelo paciente do Burke (Isaiah Washington). O paciente dele é o famoso violinista Eugene Foote (participação de Albert Hall), do qual Burke é fã e em quem ele já colocou um “pacemaker”. Porém Eugene decide retirar o “pacemaker” alegando que influencia negativamente a sua música. Eugene Foote decide assim sacrificar a sua saúde pela sua profissão. Infelizmente a cirurgia não corre bem e ele morre. Burke fica arrasado, mas quanto a isso, infelizmente, não há nada que Cristina (Sandra Oh) possa fazer para o ajudar.

Por falar na Cristina, mesmo que George tenha saído da casa deles, ela ainda não consegue suportar a amizade entre os dois. Faz chantagem com Burke e tudo o mais, mas sai sempre a perder. Mas George não está nem aí, pois agora ele está apaixonadíssimo por Callie (participação de Sara Ramirez), e foi essa paixão toda que provocou a discussão entre ele e Izzie. Pensando bem, George está a provocar ciúmes nas suas duas amigas…nada mal!

“…E significa deixar alguém importante abandonar as muralhas que você construiu…”

E o sacrifício de Izzie era previsível. Era certo que quando Denny (participação de Jeffrey Dean Morgan; P.S. – I Love You) ficasse bom, ele teria alta do hospital. Não sei se teve, mas o abraço deles foi de despedida. Agora Izzie terá que enfrentar Bailey (Chandra Wilson), que se antes suspeitava que havia alguma coisa entre a médica e o paciente, agora tem a certeza. Mesmo porque Bailey anda enfurecida com o Richard (James Pickens, Jr.), que não lhe deu nenhuma cirurgia desde que ela regressou da sua licença de maternindade.

“…Ir atrás do que nos faz bem normalmente faz com que esqueçamos o que é correcto…”

E por fim o último sacrifício que foi feito, e confesso que neste eu fiquei a princípio ao lado dela, mas depois fiquei realmente na dúvida, foi o da Addison. Ela não pôde dizer não ao pedido de sua paciente para que as trompas fossem fechadas sem o conhecimento do marido. Mas infelizmente Addison se deu mal, pois Alex (Justin Chambers) foi falar com o marido da paciente sobre o que aconteceu. E por causa disso as coisas não correram nada bem para a médica. É muito nobre esse compromisso de Alex com a verdade, mas as vezes ele excede-se. Bem feito que agora ele irá ter de trabalhar o tempo todo com Addison, só de castigo.

E foi este o episódio da semana, sem muitos altos e baixos, mas mesmo assim muito bom e cativante. E juro que antes de Anatomia de Grey eu não era muito fã de séries hospitalares, mas depois de gostar desta série, é mesmo impossível deixar de acompanhá-la!

Texto de Cláudio Carneiro e Carlos Couceiro

Editado por Carlos Couceiro

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